Reajuste de tarifas pelos Correios deve pesar no bolso dos consumidores

 O reajuste das tarifas cobradas pelos Correios começa a valer hoje e infla o preço do envio de cartas e encomendas em 8%, em média, entre as capitais, segundo a estatal. E vai pesar no bolso do consumidor. Segundo empresários do e-commerce, que lançaram a campanha #FreteAbusivoNão, encabeçada pelo site de compras Mercado Livre, os aumentos superam a inflação e serão inevitavelmente repassados aos clientes. Caso do envio de um objeto com até 500 gramas da mineira Nova Serrana para a capital de Pernambuco: o reajuste pode chegar a 50,89%.

A medida também gerou uma batalha judicial. O próprio Mercado Livre conseguiu, na Justiça Federal, uma liminar para suspender a cobrança dos novos valores para produtos vendidos pelo site. A decisão, no entanto, continua valendo para o resto do setor do e-commerce.

De acordo com os Correios, o aumento é feito “anualmente com base na recomposição de custos” e se alinha à “política comercial da empresa”.
O reajuste para o envio de encomendas ultrapassa a inflação do ano passado, de 3%, em até oito vezes. É o caso do PAC, para até 30kg, cujo preço terá um aumento médio de 25%. Já o Sedex fica cerca de 11% mais caro.

Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), que considera abusivo qualquer tipo de reajuste acima da inflação, o setor fechou 2017 com um total de pedidos de 203 milhões de objetos, 12% a mais que no ano anterior, tendo movimentado cerca de R$ 59,9 bilhões. Só em Minas Gerais, de acordo com a entidade, apenas o e-commerce girou R$ 4,8 bilhões.

Fonte: HED

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